Humanizar as empresas: a chave para uma nova empatia corporativa

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A reputação corporativa tem sido um dos principais eixos estruturais das estratégias de comunicação das organizações, pois o impacto da reputação está relacionado diretamente aos negócios. Em uma economia globalizada onde entre 70 e 80% do valor de mercado de uma empresa é determinado por valores intangíveis, as organizações estão profundamente vulneráveis a qualquer contingência que danifique sua reputação. Essa vulnerabilidade se torna mais grave quando as tecnologias da informação possibilitaram canais por onde é possível compartilhar fluxos de informação em tempo real, com o risco potencial de atingir um alcance global.

Em um contexto de incerteza e volatilidade, em uma “era líquida”, como diz Zygmunt Bauman, onde a desatenção, o cepticismo, a trivialidade, a leveza e o efêmero são as marcas de uma época; onde as novas gerações deixaram de confiar que as empresas atuem com foco no interesse da sociedade, e onde quase um em cada quatro jovens não consegue citar uma única marca que considere “útil para a sociedade”, como as empresas tornam-se  relevantes novamente em seu propósito e como refletir isso em seus negócios e sua reputação?

O acesso à informação e a evolução de uma sociedade que exige cada vez mais transparência na operação das organizações têm motivado a mudança nos elementos que compõem a nova agenda corporativa. Atualmente, isso é amplamente dominado pelas estratégias de ESG (Ambiental, Social e Governança). Como profissionais de comunicação, vemos uma crescente preocupação das organizações em comunicar seus compromissos de ESG, mas muitas vezes elas descobrem que essa abordagem não está movendo o ponteiro do medidor de reputação corporativa. Essa sociedade cética e desconfiada das corporações vê discursos vazios nas estratégias de comunicação das empresas, cheios de obviedades e frases replicadas ad nauseam com o mesmo formato, independentemente do setor.

Nosso grande desafio vai além da camada de construção e proteção da reputação corporativa. Está no campo da credibilidade. Como podemos construir narrativas empresariais que penetrem em nossos públicos e nos permitam estabelecer relações de confiança com nossos grupos de interesse?

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Autores

Amílcar Olivares
Sofía Etienne

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