Reinventando a relação com a mídia

No dia a dia dos diretores de Comunicação, o relacionamento com a mídia sempre foi fundamental. Tradicionalmente, tem sido uma relação mutuamente benéfica com o propósito comum de transmitir informações precisas, verdadeiras, interessantes e úteis para a sociedade. Os departamentos de Comunicação, na missão de construir a reputação de empresas e instituições e de se relacionar de forma honesta e eficaz com o público, têm tido um grande aliado nos meios de comunicação. Da mesma forma, os jornalistas encontraram nesses departamentos um valioso apoio que facilita seu trabalho e os ajuda a cumprir seu propósito, que, como definiram os jornalistas norte-americanos Bill Kovach e Tom Rosenstiel, deveria ser nada mais nada menos que “proporcionar aos cidadãos o informações de que precisam para serem livres e capazes de se governar ”.

No entanto, isso, que em teoria parece muito bom, na prática, às vezes não é tão fácil de conseguir e o direito legítimo de informar dos jornalistas, colide com o direito legítimo das empresas de defenderem seus interesses e de serem donos da sua própria comunicação.

Por outro lado, desde que as empresas e outras organizações se conscientizaram do valor estratégico da comunicação corporativa como ferramenta essencial de gestão, os departamentos de Comunicação e as consultorias e agências especializadas proliferaram de forma exponencial, o que torna a relação entre profissionais de comunicação institucional e jornalistas cada vez mais complexa. Por um lado, há um excesso de fontes oficiais ávidas por comunicar, por outro, redações cada vez mais reduzidas e jornalistas com menos tempo e espaço. A isso se somam os efeitos da revolução digital e de uma pandemia que passou a nos impor um distanciamento físico e, por consequência, o distanciamento social como modo de vida.

Nesse contexto, o que uma diretoria de Comunicação pode ou deve fazer para construir e fortalecer o relacionamento com um de seus principais stakeholders? Como captar o interesse de jornalistas na era da economia da atenção? Como deixar de ser mais um e-mail não aberto na caixa de mensagens recebidas ou uma chamada perdida? Este informe tenta responder a essas questões e ajudar os profissionais da comunicação a reinventarem uma relação que é enriquecedora para ambas as partes.