DE PRODUZIR CONTEÚDOS A CONSTRUIR NARRATIVAS

Aqueles dias de março no ano de 2020, quase todas as marcas emudeceram. E quando disseram algo, por inércia ou por descuido, soaram estranhas, como alheias à realidade. De repente, todo mundo começou a desocupar as ruas para confinar-se em suas casas. E aquele anúncio por televisão dessa promoção comercial, aquele patrocínio de rádio com esse lema corporativo, aquele meme tão simpático para as redes sociais… toda aquela maquinaria de produção e distribuição de conteúdo das marcas se tornou sem sentido. Ou o que é igual, sem narrativa.

A pandemia do coronavírus COVID-19 nos deixou muitas lições. Cada pessoa extraiu as suas. Mas, por cima de tudo, nos deixou muitas confirmações. A ratificação de que entramos em uma era pós digital, onde a digitalização se infiltrou na vida cotidiana dos que ainda não tinham adotado a força da necessidade: de trabalhar, de comerciar, de educar-se, de sanar-se, de amar e relacionar-se com seus seres queridos. 

Uma era que veremos acelerar-se com o impulso das tecnologias exponenciais, e na que teremos que enfrentar novos desafios desde a comunicação e o marketing; entre eles, ou de construir narrativas fluídas (mas consistentes), atraentes (mas confiáveis) e, sobretudo, mobilizadora de condutas com impacto positivo (econômico, social e ambiental).

Como ganhar relevância de marca entre a infinidade de canais de comunicação

Neste artigo se aborda o terceiro dos desafios da comunicação pós digital que iniciamos com a introdução à serie. Depois de tratar a evolução na direção do ativismo das marcas, e de destacar a importância de revelar oportunidades, agora analisamos como construir narrativas que ajudem as marcas a ganhar relevância na “nova realidade”.

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Autores

Iván Pino