Artigo 17 jan 2019

Desafio 2019: comunicar a partir de um contexto

Os conceitos básicos de comunicação dizem que o emissor e o receptor só podem ser compreendidos se ambos compartilharem código e contexto, evitando, assim, que a comunicação se transforme em ruído. Além disso, a mudança de ano não supõe uma virada radical das circunstâncias, mas a continuidade da evolução.

Neste cenário, tentar adivinhar quais serão as tendências de comunicação neste ano novo implica necessariamente em primeiro fazer uma breve análise dos eventos que estão modificando o cenário social, econômico e político no mundo ocidental de maneira geral. Sem nos alongar muito, é importante de destacar o seguinte:

Diante desse cenário, empresas, governos e instituições devem saber mostrar, explicar e reivindicar, considerando o poder transformador da realidade de cada um dos fatores mencionados acima. E é precisamente esse o ponto crucial: comunicar-se para dar respostas eficazes ao que é perturbador, desafiador ou preocupante. Mas aquelas organizações que realmente querem ser uma parte ativa da conversa sabem bem quais têm os melhores caminhos de comunicação no meio de um terreno sempre incerto.

Fala-se de uma tendência ascendente de praticar a comunicação com base em princípios éticos e responsáveis, que aprofunda a transparência para responder às demandas de uma sociedade que exige saber quem você é, o que faz e por quê. Uma comunicação que permite à organização participar de grandes debates com base em sua própria contribuição para a melhoria de seu ambiente, a partir de um propósito corporativo claro e autêntico que oferece referências sólidas e confiáveis ​​a uma cidadania desorientada. Uma comunicação inclusiva que dá ao interlocutor um papel de liderança e que coloca empresas e pessoas no mesmo nível. Mas para que isso seja efetivo, é necessário trabalhar para conhecer melhor a cada dia o cenário em que a organização se desenvolve. E com esta análise permanente avançada, será necessário usar os canais e formatos corretos para alcançar o público de interesse.

“Diante desse cenário, empresas, governos e instituições devem saber mostrar, explicar e reivindicar, considerando o poder transformador da realidade de cada um dos fatores mencionados acima.”

É possível observar que não há grandes mudanças a partir do que foi o caso em 2018. O que está acontecendo é que isso aumenta a distância entre aqueles que estão com pressa de adaptar sua comunicação ao código e ao contexto, e aqueles que ainda mantém seu antigo sonho de manchetes de jornais e que logo acordarão, vão olhar em volta e descobrirão, alarmados, que ficaram para trás.

Arturo Pinedo
Sócio e Chief Client Officer Europa
Responsável pelas operações da consultoria em Espanha e Portugal, e com mais de 30 anos de experiência como consultor, Arturo Pinedo é especialista em comunicação de crise e corporativa. Ao longo da sua trajetória profissional, foi responsável pela comunicação de empresas e organizações nacionais e internacionais, e assessorou pessoalmente os seus principais diretivos, tanto no design de estratégias integrais de comunicação como na gestão de riscos. Licenciado em jornalismo e possuidor de um Máster em Marketing & Comunicação, Arturo foi Diretor Geral de Issues Consultores de Comunicación e Diretor na Agencia A. Durante sete anos exerceu a atividade de jornalista nos serviços informativos da emissora Cadena SER. Atualmente é Vice presidente de Dircom (Associação de Diretivos de Comunicação).

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