Riscos cibernéticos e o novo paradigma da reputação

O mundo acaba de sofrer um dos maiores ciberataques da sua história. O worm WannaCry jogou contra as paredes a reputação de milhares de empresas. Na Espanha, algumas saíram dessa ainda mais fortes, mas outras não. De acordo com as informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Cibersegurança da Espanha (INCIBE), no ano passado, o número de ciberataques nas empresas aumentou de 50.000 para mais de 120.000 na Espanha. E já são mais de 60 000 até agora em 2017. O aumento exponencial esperado das ciberameaças e as pressões dos novos regulamentos impostas pela Diretiva de segurança de rede e sistemas de informação (NIS) e pelo novo Regulamento Europeu de Proteção de Dados obrigam todas as empresas a enfrentar um paradigma de mudança de reputação em que a gestão da comunicação ganha relevância para lidar com as ameaças da cibersegurança e as novas obrigações legais relacionadas às informações.

As organizações se tornaram mais vulneráveis e devem estar preparadas para enfrentar esses ciber-riscos se quiserem proteger sua reputação e confiança, assim como seus negócios, em um mundo hipertransparente. Fazer as coisas como eram feitas no mundo da comunicação até hoje não é mais o suficiente. Novos procedimentos específicos de prevenção, proteção e gestão devem ser implementados para enfrentar os ciberataques. Isto envolve o desenvolvimento de certas ferramentas e metodologias digitais que permitem a gestão em tempo real de equipes multidisciplinares adaptadas a estas situações críticas altamente complexas, com comportamento social digital simultâneo, criando assim uma barreira protetora à reputação.

Neste artigo do Developing Ideas, elaborado com a colaboração da Natalia Sara, Gerente da Área de Crises da LLORENTE & CUENCA, buscamos esclarecer às empresas como os ciber-riscos devem ser gerenciados, na situação como esta em que vivemos, marcada por ciberameaças, e sobre as novas obrigações legais relacionadas às informações, que podem comprometer a confiança nas empresas.

 

Luis Serrano, Diretor da Área de Crises da LLORENTE & CUENCA.

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