Licença social para operar ou a importância dos resultados financeiros na indústria farmacêutica

A indústria multinacional farmacêutica enfrenta uma das piores crises de reputação dos últimos trinta anos. Medidas adotadas por diversos governos, como a redução de privilégios em matéria de propriedade intelectual, o controle de preços de remédios ou o favorecimento à indústria de genéricos revelam que os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento perderam o apreço dos cidadãos, a consideração das autoridades e sua licença social para operar.

O acentuado ênfase sobre os resultados financeiros e a proporcionalmente baixa preocupação com os pacientes e a sustentabilidade dos sistemas de saúde podem ser consideradas as causas principais da atual crise.

A tarefa de elevar o perfil de reputação de um setor tão fortemente regulado é complexa. Mas três passos podem marcar um bom começo para consertar os erros e recuperar a estima dos cidadãos: o aumento das ações e as comunicações colaborativas entre os associados da organização entre si, e entre a organização e seus principais grupos de interesse; a elaboração de um novo storytelling focado nas pessoas e considerado com as limitações financeiras dos sistemas de saúde; e o reconhecimento dos erros e a busca do perdão da sociedade.

Alejandro Romero, CEO LLORENTE & CUENCA LatAm
Carlos Dáguer,
Diretor Sênior, LLORENTE & CUENCA Colômbia

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